Pensando em momentos como este (vídeo de apresentaçao do livro), me mostro nua na capa.
Desenhar e escrever um livro sobre o caminho que percorri para me conhecer foi, sem dúvida, mais fácil do que vivê-lo.
Minha forma de pensar e aceitar as coisas é muito gráfica, e acredito que penso em imagens. Isso me ajudou a alcançar o que propus para este livro: narrar uma experiência complicada de entender de forma simples e com um toque de humor.
"Em Busca da Verdade Nua" (next door publishers - Espanha - buscando editora no Brasil e em Portugal) conta minha história desde o dia em que nasci até meados de 2021. É um diálogo comigo mesma, que começa com dúvidas existenciais e termina com o encontro, ou não, com a verdade.
O processo de criação foi incrível, mas agora sinto que começa o grande desafio: contá-lo pessoalmente, gravar um vídeo, pensar que as pessoas vão ler minha vida e conhecer meu lado mais escuro.
Isso me assusta. Mas é para isso que serve.
Acredito que as obras mais pessoais são aquelas que melhor se conectam com seu público. Mostrar-me vulnerável vem da vontade de ser uma pessoa, e há pessoas que sofrem, que erram, têm problemas, suas cabeças dão voltas.
Hoje em dia, as pessoas se mostram inatingíveis, escondendo-se atrás de filtros, numa tentativa desesperada de parecerem com modelos que não existem na realidade. As exigências da sociedade sobre nossa forma de viver, de amar e até mesmo de ser são absurdas.
Algumas pessoas vivem um inferno por serem peças que não se encaixam no quebra-cabeça, e acredito que é hora de dar exemplo e, assim, quem sabe, inspirar alguém mais em seu caminho.